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Dia 21 de junho - Dia Nacional de Luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica

Por Nathalia Amarante

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta paralisia motora irreversível, provocada pela destruição dos neurônios responsáveis pelo movimento dos músculos voluntários, levando a uma paralisia progressiva que acaba impedindo tarefas simples como andar, mastigar e falar.

Ao longo do tempo, a doença provoca diminuição da força muscular, especialmente nos braços e pernas, e nos casos mais avançados, podendo levar a paralisia e atrofia muscular.

A ELA ainda não tem cura, mas o tratamento com fisioterapia e remédios, ajuda a atrasar a evolução da doença e a manter o máximo de independência possível nas atividades diárias.

Os primeiros sintomas de ELA são difíceis de identificar e variam de pessoa para pessoa. Em alguns casos é mais comum que a pessoa comece por tropeçar em tapetes, enquanto em outros surge dificuldade para escrever, levantar um objeto ou falar.

No entanto, com o avançar da doença, os sintomas vão se tornando mais evidentes, passando a existir: diminuição da força nos músculos da garganta; espasmos ou câimbras frequentes nos músculos, especialmente nas mãos e pés; voz mais grossa e dificuldade em falar mais alto; dificuldade para manter uma postura correta; e dificuldade para falar, engolir ou respirar.

A Esclerose Lateral Amiotrófica surge apenas nos neurônios motores, e, por isso, a pessoa, mesmo desenvolvendo paralisia, consegue manter todos os seus sentidos de olfato, paladar, tato, visão e audição. A ELA é uma das principais doenças neurodegenerativas, ao lado das doenças de Parkinson e de Alzheimer. O dia 21 de junho é marcado como o Dia Mundial de Conscientização da Doença que, segundo o Instituto Paulo Gontijo, acomete 6 a cada 100 mil pessoas ao redor do mundo.

As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas. Alguns casos da doença são provocados por um acúmulo de proteínas tóxicas em neurônios que controlam os músculos, e isso é mais frequente em homens com idade entre os 40 e os 50 anos. Mas, em poucos casos, a ELA também pode ser provocada por um defeito genético hereditário, acabando por passar de pais para filhos.

O tratamento da ELA deve ser orientado por um neurologista e, normalmente, é iniciado com o uso de medicação que ajuda a diminuir as lesões provocadas nos neurônios, retardando o avanço da doença.

Além disso, quando a doença é diagnosticada na sua fase inicial, o médico também pode recomendar o tratamento fisioterapêutico. Já nos casos mais avançados, podem ser utilizados analgésicos, para reduzir o desconforto e as dores causadas pela degeneração dos músculos.

Apesar de ainda não haver cura pra doença, é possível ter boa qualidade de vida se o paciente for diagnosticado precocemente e fizer acompanhamento médico adequado.