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Sistema Braille

Por Carmen Lúcia Castellar, Professora de Braille da União dos Cegos no Brasil

Nós da União dos Cegos no Brasil, não poderíamos deixar de registrar nesse 8 de abril, o Dia Nacional do Sistema Braille. Esse é o nosso trabalho, implantar o Braille na escrita e na leitura para todas as pessoas que tem dificuldades na visão ou que não veem.

O importante é destacaremos o trabalho dess celebridade Mundial que foi Louis Braille, um francês, cego desde os seus cinco anos criou no início do século 19, por uma inspiração Divina, um sistema para escrita e leitura dos cegos que viviam no anonimato, iluminando-lhes as pontas dos dedos.

Tirando-os do analfabetismo, na verdade o sistema Braille veio a ser uma Carta de Alforria, liberdade para as pessoas cegas. No retângulo vazado com seis pontos em duas colunas ele fez uma análise combinatória desses pontos em 63 combinações criando todos os símbolos, todas as letras do alfabeto e os sinais de matemática daí em diante os que adquiriram essa leitura e a escrita, conseguiram então comunicar-se com o mundo.

Estavam em liberdade e esse sistema veio para o Brasil através do nosso José Álvares de Azevedo que como menino cego foi estudar na França e trouxe para o Brasil o sistema Braille.

Entrando em contato com nosso Imperador Pedro II que criou então o Instituto Imperial para Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant, ícone em relação ao trabalho com o sistema Braille para a alfabetização e a formação dos jovens e das crianças que não tem a visão.

Então a este benfeitor da humanidade aqui estamos gratos e é nossa gratidão que viemos aqui hoje trazer. Nós, da União dos Cegos no Brasil, esta Instituição quase secular, fundada em 1924, tentamos levar aos nossos jovens e adultos está leitura e escrita embora hoje a escrita não tenha mais a conotação que teve há algum tempo atrás por que a tecnologia veio ao nosso encontro e com a impressora em Braille, basta digitamos e a impressão já sai na escrita do sistema Braille, isso facilita muito para todos aqueles que estão estudando, fazendo seus cursos universitários e também estão no mundo do trabalho. Hoje, com o sistema Braille e toda a tecnologia assistiva, a empregabilidade e a vida social das pessoas com deficiência visual permite usufruir de um mundo mais aberto, de todas as coisas é de todas as comunicações.

Por isso não podíamos deixar aqui de prestar homenagens ao nosso querido Louis Braille.