Por Nathalia Amarante

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, ou simplesmente Dia Mundial do Autismo, é comemorado no dia 02 de abril e foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de Dezembro de 2007, com o intuito de alertar as sociedades e governantes sobre o transtorno do neurodesenvolvimento, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.

No Brasil, o Dia Mundial do Autismo é celebrado com palestras e eventos públicos que acontecem por várias cidades brasileiras. O objetivo é o mesmo em todo o lugar, ajudar a conscientizar e informar as pessoas sobre o que é o Autismo e como lidar com ele. Nesta data, vários pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que simboliza o Autismo.

O Autismo não é uma doença, mas sim um transtorno do neurodesenvolvimento, conhecido por Transtornos de Espectro Autista (TEA). E os sintomas são únicos para cada sujeito, podendo ser desde questões leves ate as mais severas.

Em março de 2020, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA - da qual o Brasil se utiliza dos estudos, lançou estudo que aponta que o número de meninos autistas é quatro vezes maior que o de meninas, mas ainda não há uma explicação concreta para esse predomínio. Em maio do mesmo ano, foi lançado um documento que afirma que 1 em cada 54 pessoas possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). De uma maneira geral, segundo o CDC, a prevalência de pessoas com TEA aumentou, já que em 2004 a proporção era de 1 para cada 166. Há duas suspeitas para esse fato: aumento do número de pessoas com TEA ou aumento do número de diagnósticos. Grande parte dos pesquisadores acredita que cada vez mais acontece o acesso ao diagnóstico por parte dos pacientes, associado ao aumento da qualidade da informação por parte dos profissionais da saúde, o que resulta em um maior número de diagnósticos corretos.

O Brasil não tem estudos de prevalência sobre autismo, por isso, não temos números oficiais da quantidade de pessoas no espectro. Apesar do IBGE também não contabilizar esse grupo nas suas pesquisas, há um projeto de lei neste sentido (6.575/2016), que tornaria obrigatória a coleta de dados e informações sobre autismo nos censos demográficos. A lei alteraria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que já prevê que os Censos inclua, dados sobre população com deficiência, mas sem especificar o autismo. A boa noticia é que a Lei Berenice Piana (12.764/2012) já reconhece o autismo como deficiência para todos os efeitos legais.

Referencias