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Maio Amarelo

Produzido por Ricardo Prates

O Movimento Maio Amarelo surgiu com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Um movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito, celebrado após Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas em março de 2010 ao editar uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países.

Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobrevivem com sequelas em decorrência de acidente de trânsito em todo mundo. Em média são três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas, sendo a nona maior causa de mortes no mundo. a representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada fosse feito, a OMS estimava que 1,9 milhão de pessoas deveriam morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. A intenção da ONU com a primeira “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” (2011-2020) era poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

Uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil com a intenção de colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para efetivamente debater o tema, engajando-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

Em 11 de maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito (2011-2020). Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza, caracterizado pelo tom amarelo que simboliza atenção e a sinalização de advertência no trânsito.

Encerrada em 2020, a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, na Conferência Mundial de Segurança Viária, em fevereiro de 2020, realizada na Suécia, a ONU e a OMS propôs os anos de 2021 a 2030 como a segunda Década de Ação, com o mesmo objetivo anterior: reduzir em 50% o número total de mortes no trânsito em 10 anos, pelo simples fato que esse objetivo não foi alcançado na última década.

Assim sendo a campanha do Maio Amarelo de 2021 já está em curso desde o dia 1º de maio, com o tema “Respeito e Responsabilidade: Pratique no Trânsito”, em promover a empatia e a humanização das estatísticas de acidentes de trânsito e chamar atenção sobre como a impaciência e a intolerância refletem nas atitudes das pessoas quando estão dirigindo.

O tema da segurança no trânsito cujo objetivo era até 2020 reduzir pela metade as mortes e os ferimentos globais por acidentes, com a prorrogação da década (2021-2030) a meta agora é até 2030 proporcionar o acesso ao sistema de transporte seguro, acessível, sustentável e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.

Especialistas renomados na área de trânsito reconhecem que as ações promovidas e as lições aprendidas na primeira década de ação no Brasil foram importantes, ao promovermos uma abordagem integrada para a saúde e segurança no trânsito sendo fundamental que mais ações sejam feitas para que mais vidas sejam salvas na segunda década ao constatarmos que passamos por uma importante desaceleração no número de acidentes no país, mas ainda temos um longo caminho a percorrer para cumprir a meta da ONU.

Levantamento publicado pelo Ministério da Saúde, referentes ao ano de 2018 indica que cinco capitais já alcançaram a meta global de redução de 50% dos óbitos por lesões no trânsito. Em números absolutos, em 2018 foram registrados 32.655 óbitos por lesão de trânsito no país, enquanto em 2010 o total de óbitos foi de 42.844.

Destaque pela adoção uma legislação abrangente sobre os principais fatores de risco, tais como o não uso de cintos de segurança e de sistemas de retenção para crianças e de capacetes, a direção alcoolizada e o excesso de velocidade, bem como outros fatores de risco, como baixa visibilidade, condições médicas e medicamentos que afetam a direção segura, a fadiga e o uso de entorpecentes e substâncias psicotrópicas e psicoativas, assim como uso de telefone celular, como um dos grandes avanços na última década bem como a ampla divulgação do tema ‘saúde e segurança no trânsito’ na mídia, reforçando a importância de promover o conhecimento e a conscientização da população por meio de campanhas de educação, capacitação e divulgação, principalmente entre os jovens.

A grande maioria das mortes e ferimentos graves no trânsito são evitáveis e, que apesar de algumas melhorias em muitos países, incluindo em países em desenvolvimento, eles permanecem um grande problema de saúde pública e desenvolvimento, que tem amplas consequências sociais e econômicas.

Com esses conceitos se vale o tema da 8ª edição do Movimento Maio Amarelo 2021: RESPEITO E RESPONSABILIDADE: PRATIQUE NO TRÂNSITO e assim, pensando no outro e fazendo por todos, que esperamos trazer mais consciência e harmonia para o transitar de todos os brasileiros, com respeito e responsabilidade, se colocando no lugar do outro, praticando os preceitos de uma sociedade educada e empática.

Um Maio Amarelo repleto de mudança de comportamento e que a mensagem seja estendida por todo ano de 2021!